Aqui estou de novo, para continuar o relato do meu Carnaval...
Tínhamos assim ficado, em Battery Park, junto a quatro estátuas da liberdade de óculos escuros, que seguravam bandeiras americanas e telemóveis nas mãos e que acenavam freneticamente a qualquer turista que se aproximasse para tirarem uma fotografia juntos e quiça mesmo, conseguir uns quantos cêntimos de dólar.
O dia era solarengo. Felizmente, muito diferente do dia anterior... ou a viagem de Ferry não deveria ser muito agradável...
Fizemos tempo uma vez que o nosso Ferry era só às 14h... vimos um castelo! Sim, um castelo que pode ser visitável! Quer dizer... um pequeno forte para aí do século XX... mas que tem uma bandeira americana com menos estrelas... ou seja, mais antiga... do tempo em que os Estados Unidos não eram compostos por tantos estados...
Vimos ainda algumas estátuas... algumas das aparentemente muitas que existem em Battery Park...
Bem... depois de um passeio pelo parque, fomos para a fila de entrada no Ferry...
A segurança é perfeitamente impressionante... depois de termos de passar por dois detectores de metais e de me fazerem tirar e pôr o cinto duas vezes, lá chegámos ao Ferry... já estava farta de "airport like security" como estava escrito nos vários cartazes ao longo do percurso até ao Ferry.
Finalmente chegámos ao Ferry. Primeira paragem - Liberty Island.
Liberty Island é, como o nome indica, o sítio onde está a Estátua da Liberdade...
Quando o Ferry atraca em Liberty Island, é possível aos visitantes visitar o parque, a loja de souvenirs, e, no caso de ter comprado bilhetes anteriormente, é possível subir à Estátua da Liberdade. Nós tínhamos bilhetes que davam acesso ao pedestal. Tentámos reservar para subir à coroa, mas os bilhetes estavam esgotados até meados de Junho... pelo que nos contentámos com o subir até ao pedestal.
Na subida, os visitantes podem visitar o museu sobre a construção da Estátua da Liberdade, onde podem inclusivamente ver esboços antigos, projectos, peças originais que foram retiradas por estarem a degradar-se e que foram substituídas, e mesmo até réplicas em tamanho original de partes da estátua para que o visitante se possa aperceber do tamanho real. As réplicas incluem a cara e um pé. Pode-se também ler sobre quem concebeu a estátua - Édouard Laboulaye - quem a desenhou - Frédéric Bartholdi - e em como este baseou a cara da Liberdade na cara da sua própria mãe, quem desenhou toda a estrutura de suporte, que ainda hoje está de pé - Gustave Eiffel... enfim, toda uma panóplia de factos sobre a estátua da liberdade... No final, ainda é possível ver várias cópias da Estátua da Liberdade feitas por diversas pessoas (uma das estátuas era toda feita em papel verde, por exemplo) e ainda uma vitrine onde podiam ser vistos vários anúncios de diversas marcas que utilizavam a imagem da Estátua da Liberdade. E depois então, faltavam cerca de 135 degraus para o pedestal e cerca de 300 para a coroa.
Charlotte Beysser Bartholdi, mãe de Frédéric Bartholdi e modelo para a cara da Estátua da Liberdade. |
135 degraus depois, chegámos então à saída para o exterior. O vento era imenso lá fora, pelo que nos apressámos a dar a volta e a tirar algumas fotografias, e voltámos a descer.
Vista para cima... |
Vista para baixo... |
Corremos para apanhar o Ferry para Elis Island e para o Museu da Imigração.
Elis Island é o antigo porto onde os barcos que vinham para Nova Iorque, da Europa, atracavam. Era lá também que estava a hoje chamada Alfândega, ou Controlo de Imigração. Embora hoje se pergunte às pessoas que entram nos Estados Unidos se pretendem sequestrar ou raptar alguém enquanto estão nos Estados Unidos, é possível ver que algumas perguntas feitas ao primeiros imigrantes europeus que entraram nos EUA ainda se mantêm. Perguntas como se a pessoa a entrar é portadora, por exemplo, de Tuberculose.
O Museu tinha bastante informação, se bem que a vontade das pessoas no geral não era vê-lo... era mais encontrar uma casa de banho, e a seguir ficar sentado na cafetaria e comer qualquer coisa até o Ferry de regresso a Nova Iorque chegar. Enfim... demos ainda uma volta pelo museu.
Sala onde era feito o controlo de entrada |
Depois do museu, apanhámos o Ferry de volta para Battery Park. Era ainda nossa ideia ir a China Town, mas não a conseguimos encontrar e, como as pernas já doíam de tanto andar, fomos de metro até ao hotel.
No terceiro e último dia, levantámo-nos cedo para ver o máximo possível.
Fomos até Central Park. Sítio onde muitos americanos estão já, às 8h da manhã a passear os seus cães e a andar de bicicleta, rodeados de placares que dizem que é proibido passear cães ali ou mesmo andar de bicicleta...
Depois de atravessar mais ou menos o Central Park fomos até à ONU. Demorámos de novo umas duas ou três horas a pé para lá chegar, mas ao menos vimos um lado diferente da cidade. Sutton Place... Avenida onde todos os prédios têm um porteiro que parece um porteiro de Hotel de Luxo, mas não é. É um porteiro de um prédio. Pelo aspecto dos edifícios é claramente possível imaginar o dinheiro dos habitantes daqueles apartamentos...
Chegámos então, cansados, à ONU, que, curiosamente estava em obras...
Depois de ver montes de transeuntes que tinham cartões azuis ao pescoço com o nome e a bandeira do país, (dois dos transeuntes tinham até a bandeira portuguesa...) dirigimo-nos ao Chrysler Building, acabando por parar depois numa pastelaria para beber um chocolate quente. :)
Voltámos depois a Times Square em direcção ao Hudson para passear um bocado mais e ficar mais perto do terminal de onde apanharíamos o Megabus de volta a Pittsburgh.
Parámos para comer qualquer coisa, passámos numa rua que só tinha lojas que vendiam, ou casacos de peles, ou guitarras... Dirigimo-nos a Maddison Square e ao Fashion Institute of Technology em frente do qual apanharíamos a camioneta. Depois de perguntarmos ao condutor da camioneta para Boston se era ali ele mandou-nos para uns quarteirões à frente, vimos de novo pelo Empire State Building, e apanhámos a camioneta de volta, para uma viagem de oito horas, desta vez de noite e com o desejo de voltar a Nova Iorque em mente...
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