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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O Fim de Semana Já Acabou...

Sim, parece que de vez em quando há que dar descanso ao blog, senão ele coitadinho cansa-se...

Bem, pela primeira vez na minha vida vi os Óscares até ao fim e ainda fui para a cama a horas decentes. Isto enquanto o meu computador processava as gravações que acabei de fazer durante a tarde. Durante cerca de 5h o ecrã mostrou algo semelhante à imagem abaixo... com a diferença de que as linhas brancas mexiam-se... :)


Note-se a forma estratégica como eu coloquei a janela, caso contrário a coitada da rapariga ficava com a janela num olho e não devia ser pouco doloroso... ;)

De resto o fim de semana foi para gravar coisas, pôr o programa a correr, pôr a roupa a lavar, as toalhas também, não lutar contra o estendal porque temos máquina de secar ( :D ), ver os Óscares (gostei do título das notícias do DN - "Discurso do Rei domina em cerimónia com palavrão".), jogar Mario Karts (mais dois carros desbloqueados!), ver Bones (porque todas as outras séries já acabaram e portanto esperamos pelos novos episódios que saem esta semana) e outras coisas que tais. Portanto, hoje é claramente dia de ver se o programa acaba de correr, ir às aulas, apanhar a matéria da semana passada cujos apontamentos recebi há bocadinho... enfim... trivialidades... ;)

Bem, dou agora descanso ao blog também... :) Há que o deixar descansar também... ;)

This is Pixsburg, Pensivania gowen aht... see yinz tomorrow!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Weekend...

Dá para ver que estamos de fim de semana!

Escrita... népias! Fotos... népias!

Acredito que também seja necessário dar descanso ao dedo, e que o fim de semana se calhar tem menos histórias para contar. Levantar tarde, preguiçar, lavar roupa, lutar com o estendal e contra o vento que se aposta em roubar-me as camisolas, preguiçar, ouvir a avó, ler o expresso ou a time, preguiçar, ver televisão, ver um filme, preguiçar, conversar, levar duas horas a escrever umas frases para as aulas do 11º, que em dia normal de trabalho levariam meia hora... enfim, fim de semana!

Amanhã  haverá mais. Agora está na hora do grande espectáculo do ano: os Oscares estão a começar!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Americanices!...

Era assim que o avô classificava as coisas estranhas e pretensamente úteis que, ao longo dos anos 50 e 60, foram  surgindo aí desse lado do atlântico.
Mais tarde lembro-me de ter lido em algum sítio que a vitalidade de uma economia de consumo se media pela capacidade de oferecer uma grande variedade da mesma coisa e conseguir com isso obter bons lucros.

Acho que estás a verificar in loco o que se afirma.

Todos nós sabemos que qualquer pessoa pode beber água. Ou aquilo que geralmente julgamos ser água, isto é, um líquido incolor, inodoro e insípido. Mas também sabemos que, para ser de qualidade, a água deverá ter cor, cheiro e sabor. Basta ver as últimas novidades. Para além disso deve ter vitaminas e minerais, mesmo proteínas. E fibra.
Considerando bem, não é nada estranho. A civilização está apenas a devolver-nos as águas originais onde os nossos antepassados matavam a sede. Basta tentarmos imaginar os poços e charcos de alguns locais mais primitivos - não lhes deve faltar cor, cheiro, sabor e fibra.
Mas é melhor não darmos ideias a ninguém, senão um dia destes aí temos garrafas de "água genuína" trazida directamente de algum charco africano. E não sei se por aí existe seguro de saúde que cubra as consequências.

Quanto às manteigas e outras coisas do género é evidente que convém sempre manter um "original one". Há sempre uns puristas da alimentação que recusam as novidades e evoluções da nutrição. Nem sabem o que perdem. Manteiga que sabe a margarina e margarina que sabe a manteiga, manteiga em spray, margarina em tubos de pasta de dentes, óleo sólido para frigideiras anti-aderentes... porque não?


"Necessity is the mother of invention." Obsoletamente vitoriano.
Hoje será mais a afirmação de McLuhan: "Invention is the mother of necessity."

É preciso ter muita lata!...

Anteontem encontrei o Wally...

Sim... anteontem encontrei o Wally. Ou, na sua versão americana, encontrei o Waldo... Enfim, qualquer que seja o nome que lhe deêm, seja Wally, Waldo, Charly (francês), Hetti (inidiano), Hugo (sueco) ou mesmo 威利 (mandarim), enquanto esperava que os alunos da aula anterior acabassem o exame e nós pudéssemos entrar para a aula de Applied Electrodynamics, passou, no meio da multidão de alunos que se deslocava de sala para sala, um rapaz de calças de ganga, camisola às riscas vermelhas e brancas e barrete branco com a borda e o "pompom" encarnados. Foi tão repentino que não tive tempo sequer de tirar a máquina no bolso... Enfim... ontem vi um rapaz com um chapéu na cabeça que parecia um par de cuecas... ainda estou na dúvida se não era mesmo... :S

Os EUA são realmente um país muito sugéneris... É o único país até agora onde encontrei coisas como


Portanto... esta não é "pura água da nascente" mas sim "água purificada com minerais"... as idas ao supermercado são fascinantes... tudo é enriquecido com qualquer coisa... até a manteiga tem um tipo chamado "original" o que me leva a crer que existem manteigas de tipos variados... mas lá está... são os Estados Unidos...

Bem, lá fora neva ligeiramente. Enquanto isso vou aproveitar para gravar mais umas frases, pelo que fico por aqui. No entanto, não termino antes de adicionar mais três itens à conversa.
  1. Foi-me apontado que num dos posts anteriores eu havia escrito contrucção e que o correcto era construção. Que construcção deveria ter sido algures no século XIX. Mas eu digo que não! Não emendarei! É construcção que escrevo! Sou contra o acordo ortográfico e para o demonstrar adicionarei consoantes mudas às palavras em vez de as deixar caír! A partir de agora começarei também a escrever "práctica" em vez de "prática"! ;)
  2. Pela primeira vez na minha vida, os Óscares vão dar a horas decentes! :D
  3. E já agora, não é necessário estar em Portugal para encontrar coisas como a que se segue: 

E uma vez mais,
This is Pixsburg, Pensivania gowen aht... see yinz tomorrow!

Dias de sol?...


De acordo com a meteorologista de serviço às 7:10 da manhã, o dia iria ser soalheiro, com céu azul e temperaturas primaveris, quase sem excepção Europa fora (claro que havia a Grã-Bretanha e a Holanda, mas esses não contam...), de Roma a Berlim, de Lisboa a Praga.
Em toda a Europa "a Primavera está a chegar"(sic).
Toda? Não! Ainda e sempre uma pequena aldeia resiste ao invasor!

Então vejamos. Às 7 da manhã a casa do nosso vizinho escondia-se-se na bruma, o céu estava toldado (de toldo), e lá ao fundo vislumbrava-se o topo fantasmagórico do abeto da casa ao fim da rua. A atmosfera tinha aquele tom entre o branco e o cinzento, que em alguns lugares pode prefigurar a neve mas aqui só adivinha uma percentagem desumana de humidade, que se infiltra nos ossos, ensopa as camisolas e parece só servir para  manter as plantas minimamente viçosas sem que seja preciso regá-las. 
Durante toda a manhã o tempo não melhorou. Quando saí de casa já o sol devia ir alto. Só tinha aulas ao meio dia. Ainda estava frio e a caixa do correio escorria como se tivesse chovido. Finalmente, por volta da uma o sol começou a querer romper o manto branco, deixando adivinhar que iria retirar-se cedo.

Regressei pela marginal. O mar estava cinzento, cheio de espuma, com um aspecto invernoso que condizia com a neblina que pairava. Não tinha ar de primavera mas havia uma suavidade na paisagem que nos fazia perdoar o frio e a humidade.

Talvez seja por isso que a aldeia resiste ao invasor.
Porque só nestas alturas, sem maquilhagem de verão, mostra uma beleza que só quem aqui vive tem hipótese de apreciar. 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Dias de sol...

Cheguei a casa. Os nossos vizinhos estão  cá. As janelas estão abertas e do fundo do quintal vem a voz abafada da Edith Piaf.
Apetece realmente estar na rua. De acordo com a “estação meteorológica” cá de casa estão 17 graus, uma temperatura de fazer corar, e o céu está gloriosamente azul. De manhã cedo já o sol brilhava, mas os 7.5º que o carro marcava lembravam-nos que os dias frios ainda não acabaram.

Na escola decorre esta semana a Semana do Viajante, mais familiarmente conhecida por Semana das Línguas.
Os salões estão atravancados de expositores e vitrines com um brique à braque inglês, francês e espanhol, para o qual todos nós contribuímos, numa tentativa de chamar a atenção dos alunos que serpenteiam por ali.

Hoje foi Dia da Língua Inglesa. Ontem foi Dia da Língua Francesa.
Ontem houve crepes com nutela e doce de morango; hoje respondemos com chá e shortbread no intervalo e um almoço com ementa britânica.
No pátio da cantina um dos nossos alunos tocava gaita de foles, perante o ar espantado dos colegas que não lhe conheciam o dom. No salão contíguo, o som era dominado pelos Red Hot Chili Pipers, que atraíam as atenções dos mais velhos, não só pelo uso dos kilts mas também pela fusão entre música rock e tradicional escocesa. Smoke on the Water originou uns saltos entusiasmados da audiência, mas a falta de espaço cortou a possibilidade da festa.



Apesar de tudo isto, o grande objectivo – dar a conhecer um pouco mais das culturas que contextualizam as línguas que os alunos estudam – parece continuar a ser apenas um objectivo. Tal como conseguir que a maioria dos miúdos consiga dizer umas quantas frases coerentes e correctas numa língua estrangeira. Neste caso o sucesso é geralmente reduzido e acho que as marteladas nunca iriam dar resultado (embora por vezes tivesse vontade de experimentar...). Claro que posso sempre dizer que, dadas as ineficiências dos curriculos, os programas só “funcionam” mesmo à martelada.

Nas aulas nota-se já a preguiça característica dos dias de sol. A posição na carteira, o olhar vago, a cor rosada, confirmam o pior – ninguém tem vontade de trabalhar!

E sabem que mais? Eu também não!

"Close beside him gleamed the white fangs of the wolf-dog."

Olho para o espaço em branco para escrever mensagens sem saber o que escrever... hoje foi um dia normal também por aqui... a neve já não é nova e está acastanhada pela terra e pela poluição fazendo com que andar em cima dela não seja a coisa mais agradável. A parte que ainda se mantém branca já não parece fofa, mas sim dura como o gelo... No entanto o Sol brilha como se fosse Primavera e nos 2º que se fizeram sentir andava-se bem de casaco desapertado, sem gorro e sem luvas... até se viam por vezes gente de calções. Parece que mesmo que a temperatura não bata certa, a Primavera sai à rua se houver Sol.

No Doherty Hall alguns alunos vendiam entusiasticamente 3 doughnuts por $2, doughnuts esses que, ao que parece, eles próprios fizeram. Ai se a ASAE soubesse... ;)

De resto, o dia foi passado a tentar aprender C com um sucesso reduzido. Mas com suficientes marteladas os programas hão de funcionar. :)

Acabei de gravar em wav 132 frases para a construcção da voz artificial... já só faltam 461! Já faltou mais! Mas a vontade de continuar já não é muita. Pelo menos por hoje... E sim... o título é uma das frases que tive de gravar...

Bem, o sono está a levar a melhor... amanhã é dia de levantar cedo, pelo que este post fica por aqui...

This is Pixsburg, Pensivania gowen aht... see yinz tomorrow!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Um dia sem história...

Pois é assim mesmo: um dia sem história!
Casa - escola - casa - almoço - trabalho - preguiça - trabalho - mais preguiça - jantar - conversa com a filha - cama.

Claro que pelo meio, bem espiolhado, há uma história em cada um destes momentos. Mas deve estar profundamente arrumada porque a verdade é que não a consigo encontrar. Hoje foi verdadeiramente um dia deslavado, sem graça, sem peripécias.
Esteve sol, e mesmo esse deslavado e sem graça, amarelinho claro, com umas nuvens completamente esfarrapadas e fugidias. Sem graça.
"Uma seca, Zé Fernandes."
Talvez amanhã haja alguma história para contar. Hoje fico por aqui.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Aqui não nevou...

Parece que o tempo efectivamente nos separa.
Por aqui não nevou, não neva... e parece que não vai nevar.
Por aqui o tempo está primaveril - hoje 18º, amanhã 20. O céu já tem um azul transparente e luminoso e as nuvens parecem claras em castelo. Há um ventinho fresco de manhã e à noite, mas isso não impede os tops de alças de sair à rua.

Hoje fui para Lisboa logo de manhã - de camioneta. Um seminário sobre uma Europa multilingue e o ensino de línguas tinha-me parecido um programa interessante.
Saída no Campo Grande, metro até ao Rato e caminhada até à Academia das Ciências.
Sabe bem caminhar de manhã, com o ar fresco a bater na cara, a ver a gente a passar com passo ligeiro.
Sabe bem sentir o cheiro a café e a bolos ainda quentes.
Mas se o Rato e a Escola Politécnica já se enchiam de gente atarefada, a Rua do Século ainda estava deserta e pelas janelas entreabertas adivinhava-se o silêncio endorminhado de gente acabada de acordar. Cruzei-me com duas ou três pessoas pouco apressadas. Nem carros subiam ou desciam. Ao fundo, à esquerda a Rua da Academia das Ciências. À porta, surpresa agradável, a Diana.
Entrámos.
O interior espanta-a. A fachada simples, mesmo humilde, não o deixa adivinhar. A biblioteca é magnifica e é ali que vai decorrer o ciclo de conferências. Um frio subtil infiltra-se em nós ao longo da manhã e faz-nos agradecer o café quente e os pastéis de nata mornos que nos oferecem. E o bolo de chocolate, suculento, que nos obriga a lamber os dedos.

Biblioteca da Academia das Ciências
Quando saí o ar estava temperado e agradável. Desci até ao Chiado em jeito de passeio, cruzando ruas estreitas e íngremes que descem até ao rio, de que, aqui e ali, vislumbrava nesgas.
A Baixa estava cheia de gente loura e rosada pelo sol, com ar de férias fora de tempo.
Parei aqui e ali, bisbilhotei lojas, procurei postais e tomei café na Suiça.
Depois meti-me no metro e preparei-me para voltar para casa. .

Só então me apercebi que me doíam os pés.

Bate leve, levemente...

2011 2 21 (e não 2 21 2011), Pittsburgh, Pensilvânia, EUA. Um dos lados do Atlântico.

Bem, parece que vou ter de escrever qualquer coisa, caso contrário, seria um blog de mãe para mãe e não de mãe para filha... Enfim... lá terá de ser... ;)

Depois de ter pensado bastante hoje de manhã sobre o que é que iria escrever, parece que o dia me deu de mão beijada o tema para o post que escrevo agora...

Hoje nevou. E quando digo que nevou, não digo "caíram uns flocos"... quando digo nevou, significa, literalmente nevou. Ou melhor, ainda neva... Neva forte e feio... ou melhor ainda, neva forte e bonito, porque por mais banal que a paisagem seja, nunca é feia quando está coberta de neve... muito pelo contrário...

Neve na CMU (imagem cujo tamanho claramente não fica bem... enfim...)

De qualquer forma, é espantoso. Para alguém que poucas vezes vê neve, poder enterrar os pés nela é bom (excepto se, como eu, acabarem por enterrar um pé num "banco" de neve...). Andar a pé na rua até casa é bom. Já andar num shuttle é menos bom, uma vez que a visibilidade do condutor era má devido ao tamanho e quantidade da neve que caía e ainda uma vez que a estrada era branca e todos os carros andavam bastante devagar e alguns deles mesmo de triângulo ligado. Mesmo assim o condutor dizia que não estava mau... nem sei como deve ser quando está...

Bem... deixo mais uma imagens para complementar e acabo por aqui...



This is Pixsburg, Pensivania gowen aht... see yinz tomorrow.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

No princípio era o chat...

Foi assim que a ideia surgiu - para quê o chat, se podemos ter um blog?
Divino!
Com um oceano pelo meio, eu e a Joana começamos pelo chat e pelo vídeo, batemo-nos com os inconvenientes da distância física e a horária, mas faltava-nos tempo e sobrava-nos conversa...
Onde colocar todas as palavras, as memórias, os incidentes e os acidentes, as fotografias acumuladas na dropbox?...
Num blog, claro!
Continuamos a "chatear-nos" regularmente mas aqui podemos partilhar mais depressa tudo o que nos une e nos separa.
Cá e lá pode ser o mesmo sítio. É só uma questão de tempo.