All Hallows Eve
Vem o tema a propósito de um terrífico postal que recebi ontem.
Aqui está - assim como os autocolantes que o acompanhavam...
Dia das Almas. Dia das Bruxas.
Parece que do lado de lá do oceano as coisas são a sério, algures entre um Carnaval e um Natal, um Pão-por-Deus e um Todos os Santos. Assm diz a Joana, que deve saber por esta altura do que está a falar e tem visitado lojas que só imaginamos e que fariam corar de vergonha algumas lojas de artigos do “Carnaval mais Português de Portugal”... Pelo menos o espírito comercial é mesmo a sério e cumpre aquilo a que se propõe – vender o mais possível num curto espaço de tempo.
Voltando ao tema.
Tenho de admitir que o Halloween exerce sobre mim um certo fascínio mágico. Aliás a origem que tem releva dos mistérios mais profundos da vida e da morte. Mistério terrível, o da morte, que os vivos sempre quiseram decifrar e, se possível, eliminar.
O Halloween é uma festa a “preto e branco” (o “laranja” das abóboras vem depois, quando os primeiros imigrantes as encontraram no novo continente...) onde mortos e vivos convivem sem as barreiras que normalmente os separam. Por isso o Halloween – o All Hallows’ Eve, a Noite de Todas as Almas – é de certo modo uma celebração universal. Festas dos Mortos ou Dias de Todos os Santos, de algum modo todos perpetuam a necessidade de expurgar o medo do desconhecido que se esconde atrás da máscara da morte. Num momento do ano em que a luz desaparece, a escuridão invade o mundo, a terra deu os últimos frutos antes do descanso do inverno, a ideia da morte revive.
A festa original celta que lhe deu origem traz consigo aquela aura de magia que só os mistérios celtas conseguem ter. O Samhain, que juntou a si duas festas romanas, a Festa dos Mortos e a Festa do Outono (Feralia e Pomona), é ainda hoje festejado pelos adeptos de velhos cultos celtas. O final de outubro era rico em celebrações de início do inverno a que se associava a morte. Quanto às esmolas, como melhor aliviar a alma que partilhar com os pobres o Pão que Deus distribuía de forma tão desigual? Num mundo de trevas havia que estar de bem com aqueles que as habitavam. Porque, mais tarde ou mais cedo, todos faríamos parte dele.
Facto é que o Halloween é sobretudo uma festa - com todos os defeitos e virtudes que qualquer festa pode ter. Comercial? Claro, sem dúvida. Cada vez mais. Mas as festas ceebradas em séculos passados eram também, a seu modo e à sua dimensão, "comerciais", momentos privilegiados de troca. Aculturador? Claro que sim. Então e as celebrações romanas do outono, não foram elas assimiladas pelo festival celta dos mortos? E o Dia de Todos Santos não veio assimilar o festival celta?
Bem, quem quiser saber mais, o melhor será consultar alguns sitios na net que fornecem informação muito interessante.
Aqui fica uma sugestão, o History Channel (http://www.history.com/topics/halloween).
Depois, há muita coisa - é só "googlizar" o assunto...
Aqui fica uma sugestão, o History Channel (http://www.history.com/topics/halloween).
Depois, há muita coisa - é só "googlizar" o assunto...
Para compensar deixo aqui o meu tema favorito de Halloween
This is Halloween do filme Nightmare before Christmas de Tim Burton - que mais poderia ser?
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