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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Zeca anda por aí...

Em dia de celebração e saudade de Zeca Afonso muitas são as memórias que assim em magotes, desordenadas e espontâneas, me trazem momentos e rostos que me ajudaram a ser quem hoje sou: o Casalinho do Zé Manel, os passeios pela serra, os concertos noturnos, o Mota e os mil um filmes que discutimos, o António Campos e o Acácio de Almeida, a Era Nova, o Henrique e o Samuel que nos levaram para lá, o Zeca Afonso a tocar na Maceira, trazido sabe Deus como, a ideia "peregrina" de trazer o Fausto a pescar a Santa Cruz e, de caminho, pedir-lhe para tocar umas coisas... o jornal Área e a Cooperativa, os serões, as reuniões de amigos. As infindáveis discussões.

E tantos outros. O Manel do Bar, o Zico a tocar viola, o cantar até de madrugada. Até mesmo o ver repetidamente, em tudo o que é documentário sobre o 25 de Abril, a Dra. Lucília a sair abraçada com gente que saía da prisão de Caxias, no dia em que as portas da prisão se abriram.

Tudo se mistura na minha memória, e é mesmo assim que deve ficar.

Tal como as canções que ouvimos, cantámos e celebrámos. Em tudo pairava o som do Zeca Afonso como se ele fosse o compositor da enorme banda sonora do filme que todos estávamos a viver.
Aqui ficam alguns desses pedaços de memória em que o Zeca Afonso está sempre presente.
Mesmo depois da morte.









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